Vendas no comércio varejista natalense deverão crescer entre 20% e 30% até o próximo domingo (9), quando será celebrado o Dia das Mães. A data é a segunda mais importante para o varejo nacional, ficando atrás somente do ciclo natalino. O aumento esperado se dará em relação ao ano passado, segundo estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal). Apesar de pesquisas indicarem que o consumo não será o mesmo dos anos anteriores ao início da pandemia, lojistas esperam que a data seja um alento para o comércio, que passou o feriado fechado em 2020 em virtude da pandemia.
De acordo com o presidente da CDL Natal, José Lucena, a expectativa é de que o tíquete médio a ser gasto em Natal seja de R$ 197 por cliente. Ele comentou que o comércio está “animado” com o fato de poder funcionar com as portas abertas neste ano, visto que em 2020 as medidas restritivas impediram a abertura das lojas e muitos comerciantes precisaram se adaptar às pressas ao modelo virtual de vendas. “Este ano, temos a garantia de que não vai haver interrupção neste período. Temos tanto as lojas físicas quanto as virtuais que muita gente aprendeu a trabalhar desde o começo da pandemia. Existem duas formas de se presentear as mães”, apontou Lucena.
Quem está com boa expectativa para as vendas em 2021 é Eliude Macedo, 58 anos, que administra uma loja de perfumaria e cosméticos na Cidade Alta. Segundo ela, muitos clientes deixam a compra dos presentes para “última hora”. “Estamos aguardando esses clientes que só usam nossos perfumes clássicos, então esperamos essas compras desses presentes para essas mães especiais. Hoje utilizamos essas formas virtuais, porque antes não trabalhávamos. Estamos nos adaptando a esse sistema de vendas. Ano passado começamos justamente no Dia das Mães, em maio”, comentou. Ela salientou que as pessoas buscam as vendas online, mas que a procura presencial ainda é maior. “Estamos com expectativa boa, porque ano passado não teve como abrir nenhum dia do mês. Foi só online”, acrescentou.
Para a consultora e especialista em gestão empresarial Luciana Tito, é fundamental que lojistas e comerciantes ofereçam experiências que atraiam os consumidores a se sentirem “fisgados” a comprar. Esses quesitos valem tanto para as vendas virtuais quanto as presenciais. “O lojista trabalha para resolver o problema do consumidor. Se eu estou vendendo uma blusa, um vestido, precisa-se dizer na rede social que aquela roupa é macia, que vai deixar confortável, etc. Tem que se oferecer dessa forma. A pessoa que vai na loja quer experimentar. Se se quer mais na venda presencial, precisa-se oferecer a experiência. Oferecer a maquiagem, o celular, o vestuário. O lojista precisa estar atento a essas coisas: informação e experiência. Isso se resume num atendimento de qualidade”, destacou.
Os shoppings centers serão o destino da maioria dos consumidores em todo o Brasil, conforme levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Para atrair clientela, o Natal Shopping criou ambientes lúdicos com cenários instagramáveis
Há uma grande expectativa dos nossos lojistas para o Dia das Mães, que é considerada uma das melhores datas do varejo, junto com o Natal. No ano passado tivemos que fechar as portas às vésperas com o início da pandemia, então, este ano estamos especialmente empenhados para que o nosso cliente se sinta acolhido e seguro em nossas instalações”, aponta Felipe Furtado, superintendente do Natal Shopping.
No final de abril passado, a Fecomércio RN publicou pesquisa mostrando que, em Natal, 59,1% dos entrevistados pretendem ir às compras, índice superior ao registrado no ano passado (46,9%), porém abaixo dos patamares de 2019 e 2018, em que foram alcançados 74,6% e 75,9%, respectivamente. De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 77% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra para o período.
Fonte: Tribuna do Norte
05 de maio de 2021