Petlove e o exemplo de varejo moderno



Enquanto muitas empresas físicas inauguraram seus e-commerces nos últimos dois anos por causa da digitalização do varejo, acelerada pela pandemia de covid-19, a Petlove fez o caminho inverso. Uma das maiores lojas virtuais de produtos para pets do Brasil, a empresa vai inaugurar lojas físicas. A primeira delas será em Moema, na cidade de São Paulo, com previsão para junho.

O objetivo é oferecer uma experiência completa para os tutores de cães, gatos e outros animais de estimação, com presença em todos os pontos de contato. Abrir uma loja física neste momento vai ao encontro de uma tendência de modelo de negócios: o phygital, em que a experiência digital complementa a física e vice-versa.

Novidades do mercado pet: do site para a loja

Em 2021, a Petlove faturou R$ 800 milhões e projeta chegar a R$ 1,1 bilhão neste ano. Hoje, a companhia é considerada o terceiro maior player do setor no país. A intenção agora é se adaptar aos novos hábitos de consumo, não só unindo o físico e digital, mas também promovendo praticidade e novas experiências ao consumidor.

“Acreditamos nessa tendência phygital. Nesse projeto, vamos trabalhar com o conceito de integração entre as compras presenciais e online, com foco na experiência omnichannel”, destaca a CEO da Petlove&Co, Talita Lacerda. A omnicalidade, portanto, se une ao phygital, proporcionando um atendimento integrado em qualquer ambiente.

Com essa experiência, o consumidor poderá comprar os produtos disponíveis nas prateleiras da loja, mas também comprar pelo site e buscar na loja física. “As lojas contarão com especialistas em atendimento, que possuirão tablets e máquinas de cartão de crédito autônomas, fazendo com que o pagamento possa ocorrer em qualquer lugar da loja, provendo uma venda consultiva e fluida, sem balcões e sem distanciamento entre quem atende e quem compra”, diz Talita Lacerda.

Ou seja, a finalidade de construir lojas físicas é aproximar o cliente da marca por meio de um atendimento diferenciado, próximo, como uma conversa. “A intenção não é nos distanciarmos usando a tecnologia, mas estarmos cada vez mais próximos”. Em relação às inovações que já estão sendo adotadas no mercado pet, a Petlove já se prepara para um futuro breve, com sistema de self check-out, compras físicas e online no mesmo fluxo e a função de clique e retire.

Aposta na diversificação de produtos

É buscando essa proximidade com o consumidor que as lojas terão uma característica diferente dos estabelecimentos físicos de grandes marcas do mercado pet, que possuem unidades de 1.000m² a 10 mil m², como Cobasi e Petz. “Vamos investir num formato mais intimista, com área em torno de 300m², e a pegada de loja de bairro. Oferecendo um mix de produtos e serviços de acordo com a cara da região onde está localizada”, descreve a CEO da empresa.

Além da venda de produtos, o consumidor poderá usufruir de novos serviços oferecidos, como banho e tosa. A marca vem apostando na diversificação de produtos e sua última aquisição, em março, foi a empresa de planos de saúde para pets Nofaro, tornando a Petlove líder nesse mercado.

Outros exemplos de marcas que pertencem à empresa são o aplicativo DogHero, que une profissionais a tutores para adquirir serviços de passeio e hospedagem, e a Vet Smart, plataforma de educação para profissionais do ramo. “A Petlove já possui diversos produtos, plano de saúde, serviços e agora está focando, ainda mais, na experiência do cliente e do pet. Com a loja física, teremos esse olhar 360º”, completa Talita Lacerda.

Tutor e pet usufruindo da experiência do cliente

As lojas da Petlove terão a cara da região onde estarão localizadas e um atendimento mais próximo. Mas, apesar de serem menores do que os estabelecimentos da concorrência, a empresa vai apostar em variedade de produtos com a possibilidade de encontrá-los no site e a entrega ser feita em até 4 horas por meio do serviço Petlove Já.

Além de trabalhar a experiência do cliente, os estabelecimentos físicos vão ser preparados para receber aqueles que vão realmente usufruir dos produtos: os próprios pets. “Teremos um projeto voltado 100% para os pets. As lojas serão focadas na experiência pet e todo o projeto foi pensado em seu bem-estar: estrutura, pisos, sortimento dos produtos, cores, uniformes”, explica Talita Lacerda.

A CEO da Petlove acrescenta que a intenção é ampliar cada vez mais o conceito de One Stop Shop, disponibilizando tudo de que o tutor precisa em um único lugar. O One Stop Shop é um modelo de negócios que surgiu nos Estados Unidos, com estabelecimentos onde era possível encontrar produtos diversificados, que vão desde alimentos até medicamentos. A intenção é promover praticidade e comodidade ao consumidor, especialmente em cidades grandes, uma vez que o cliente precisa fazer “apenas uma parada” para conseguir todos os produtos que está procurando.

Cenário atual do mercado pet no Brasil e no mundo

Mesmo em tempos de instabilidade econômica, os dados mostram que o mercado pet não tem se abalado. Pelo contrário: dados da Euromonitor estimam para 2026 uma alta de 70% sobre o volume de vendas atual. A expectativa é que o faturamento no Brasil atinja os 11 bilhões de dólares. Nesse ranking, o Brasil se encontra na 6ª posição, atrás dos Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido e Japão, nessa ordem. Atualmente, são 83,4 mil negócios ligados ao setor, segundo levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Durante a pandemia de covid-19, foram as vendas online que mais fizeram sucesso no setor. O segmento pet foi o que mais cresceu em vendas digitais, contando com um aumento de 10%. A procura não é só por produtos comuns de petshop, como ração e brinquedos. Planos de saúde, banho e tosa e até padaria pet são alguns dos serviços buscados pelos tutores.

Fonte: Consumidor Moderno


10 de maio de 2022

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