Pequenos varejos devem investir em gestão financeira e multicanalidade



A economia brasileira segue sob os efeitos do recente recrudescimento da pandemia e o aumento das restrições ao funcionamento da atividade econômica, que afetam sobretudo o setor de comércio e serviços. Apesar disso, o segmento não descansa, e alguns sinais no horizonte ajudam a reduzir o pessimismo. Depois de registrar forte queda em março de 2021, o Indicador de Confiança do Comércio, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), voltou a crescer no mês de abril, atingindo 84,1 pontos – ainda que abaixo dos 99,6 pontos observados em setembro de 2020, o maior valor desde o início da pandemia.

O comércio também registrou saldo positivo de 18 mil vagas de emprego criadas. De janeiro de 2021 até março, o setor criou 95 mil novos postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

É bem verdade que em março de 2021, o volume de vendas do comércio varejista registrou queda de 0,6%, na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, na comparação com março de 2020, marco do início da crise, o volume de vendas cresceu 2,4%. No acumulado de 12 meses, isto é, na comparação entre os 12 meses encerrados em março de 2021 e os 12 meses anteriores, o varejo registrou crescimento de 0,7%.

A despeito do pequeno crescimento, o varejo precisa estar preparado para a retomada econômica. Para Henrique Carbonell, CEO e Cofundador da F360º, a tendência é de melhora, com a evolução da vacinação e redução ou flexibilização das medidas restritivas. “Não vemos terceiras ondas em países que avançaram na vacinação e apresentaram um aumento da mobilidade de pessoas nas lojas”, explica Carbonell, que é formado em Administração de Empresas, pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

O empreendedor diz que agora o foco deve ser os gargalos do negócio, que devem ser resolvidos para que os varejistas, sobretudo os de pequeno porte, possam aproveitar bem a retomada do crescimento. “O varejo terá o desafio de evoluir na digitalização dos negócios e na multicanalidade, para correr menos riscos ao enfrentar momentos como esses no futuro. O varejo físico ainda precisará se reinventar, dada a evolução das vendas online, que proporciona uma experiência digital ser mais curta, simplificada e diversificada”, ressalta o CEO da F360º, startup que produz tecnologia de gestão especialmente para lojistas de pequeno e médio porte, a fim de gerar eficiência operacional, evitar perdas financeiras aos seus usuários e potencializar as vendas.

A equipe da Varejo SA conversou com Henrique Cabornell sobre as tendências para o varejo em 2021 e no pós-pandemia, gestão financeira e mapeamento das taxas de cartão de crédito cobradas indevidamente. Confira:

Varejo SA – Considerando todo esse momento que vive a economia brasileira, que rumos o varejo tomará neste ano e no pós-pandemia?
Henrique Carbonell – Vejo uma tendência de melhora no varejo com a evolução da vacinação e redução das medidas restritivas (flexibilização). Não vemos terceiras ondas em países que avançaram na vacinação e apresentaram um aumento da mobilidade de pessoas nas lojas. Para os demais anos, acreditamos em uma evolução positiva gerada pela demanda reprimida na pandemia e pelo desejo das pessoas em se reencontrarem com as lojas físicas. Além disso, creio que estarão mais dispostas a gastar com lazer.

Varejo SA – Quais os principais desafios que o setor ainda vai enfrentar?
HC – O varejo terá o desafio de evoluir na digitalização dos negócios e na multicanalidade, para correr menos riscos ao enfrentar momentos como esses no futuro. Precisará evoluir criando uma proteção contra cenários de estresse. O varejo físico precisará ainda se reinventar na experiência do cliente dentro do ponto de venda, dada a evolução das vendas online, que proporciona uma experiência digital ser mais curta, simplificada e diversificada.

Varejo SA – Que dicas você dá para os pequenos negócios retomarem o crescimento no pós-pandemia?
HC – Durante a pandemia, a falta de uma gestão sólida impediu muitos varejistas de acessar a informações que os ajudariam na tomada de decisão e passar pela crise de maneira menos tensa, podendo até mesmo expandir seus negócios em um cenário adverso. Os processos atrelados à gestão financeira por muitas vezes são deixados de lado. A principal dica é utilizar a tecnologia a seu favor, buscando sempre soluções que tracem um panorama completo da saúde financeira da sua empresa, entendo as forças e fraquezas de seu fluxo. Essas ferramentas podem auxiliar no acompanhamento e controle dos dados, otimizando todas essas etapas de sua loja e protegendo seu caixa de perdas que podem impactar o andamento do negócio.

Varejo SA – Sua empresa desenvolveu um sistema que mapeia cobranças de taxas de cartão de crédito feitas de forma errada. De que maneira isso pode ajudar os pequenos negócios neste momento?
HC – Por meio da plataforma do Finanças, produto principal da F360º, identificamos aplicações de taxas indevidas por parte das adquirentes. Comparamos as taxas acordadas comercialmente, entre nosso cliente e sua adquirente, e as efetivamente aplicadas. A recuperação de valores de vendas indevidamente cobrados pelas adquirentes ajuda os nossos clientes ganhar fôlego de caixa para seus negócios. Em tempos de retrocesso de vendas, por consequências do Lockdown e das demais restrições, que reduzem o fluxo de pessoas nas lojas, recuperar quantias significativas e facilitar a gestão financeira do seu negócio pode significar sobrevivência para os lojistas e demais empreendedores do varejo.

Varejo SA – Na prática, como funciona esta tecnologia?
HC – Realizamos uma comparação retroativa sobre todo o histórico de transações de cartão de crédito e débito dos nossos clientes, identificando essas irregularidades e fornecendo evidências que ajudam a recuperar os valores erroneamente cobrados pelas adquirentes. A F360 º não atua em redução de custos e sim em um mapeamento das transações.

Varejo SA – Além da recuperação dos valores cobrados erroneamente, que outros benefícios esta tecnologia da F360º pode trazer para os varejos de pequeno porte?
HC – Ao utilizarem a solução, eles têm acesso a uma plataforma que simplifica a gestão de backoffice, ao centralizar os dados financeiros da empresa. Essa organização de processos é muito importante para uma visualização total do negócio e traz uma agilidade grande na execução de tarefas que demandavam muito tempo e esforço. Outra vantagem muito importante é a recuperação de valores indevidamente cobrados, em um primeiro momento, o que é difícil de mapear devido ao grande número de transações efetuadas diariamente.

 

Fonte: Varejo S.A.


14 de maio de 2021

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